sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Cálice

Embriago-me do odor festivo
E a gota massacrada na base da taça
Lágrima dos olhos meus
Deixa verter em mim o amor

Entrego-se-me a alma ao corpo
E beijo lábios carnosos
De sabor elegante e trêmulo

E ainda eu tomo o primeiro gole
Enquanto resta o cristal amolecido
Do vermelho sugado da gota final

O cálice me é um primor
Prezo-o pelo fascínio militar
Que se ergue dele, esplêndido

E a pena, que pena!?!

Um comentário:

  1. Manifesto e latente se misturam suavemente no tocante de uma poesia frondosa... Você e os seus sentimentos... ;-)

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